Vida de repórter é coisa de Maluco

Caros leitores, há bastante tempo queria atualizar o meu blog, mas, por motivo trabalhista e com meu computador esmirilado (danificado) não pude expressar minhas aventuras, notícias e muito mais. Pois é, nos últimos meses eu andei trabalhando muito e adquirindo várias experiências que vão de cabulosas à sinistras.
Para quem não sabe sou repórter multiuso, pois, escrevo, filmo e edito imagens para o jornal eletrônico rondoniaovivo.com, um jornal de grande credibilidade com profissionais de mão cheia e estressados, o que é de praxe em uma REDAÇÃO QUE SE PREZE. Entretanto, em um belo dia acordei fiz a barbá, escovei os dentes, peguei o meu MP3 coloquei uma música chamada summertime... Beleza, fui a caminho da jornal como se fosse um dia normal e quando cheguei encontrei a jornalista Cristina Barros uma profissional excelênte, sem papa na língua me viu e disse:"bicho às 08h30 a AGEVISA (Agência Estadual de Vigilância Sanitária) fará uma vistoria no prédio do IML... Corre prá lá, fica esperando eles chegarem", disse a própria. entrei na redação peguei as minhas armas (Câmera filmadora 3CCD, caneta e papel) depois de cinco minutos o fotografo chegou e fomos direto para oIML (Instituto Médico Legal).
Chegamos no IML no horário em ponto, mas, os técnicos da AGEVISA não. Ficamos esperando no local e na seqüência fui me identificar aos policiais civis e perguntei a um deles quem era o administrador e este cidadão me informou e me apresentou ao administrador, que ficou surpreso com nossa chega e me perguntou: -"porque a imprensa está aqui?", disse logo de cara para ele que a AGEVISA estava chegando a qualquer momento para fazer uma vistoria no referido estabelecimento. O cara ficou pasmo, louco e quase chorou. Aí foi a minha vez de perguntar: "a quanto tempo vc administra o IML?" Vc já enviou algum documento para o Governo do Estado para ter melhorias ambientais de trabalho para os funcionários?". O administrador quase caiu para trás e depois de alguns minutos os técnicos chegaram, me apresentei para o responsavél da operação e em seguida perguntei ao administrador se a imprensa poderia entrar, o mesmo disse que não, mas, o chefe da operação deu uma força e disse que nós iriamos adentrar juntos no IML, pois a sociedade deveria saber como os funcionários trabalhavam ali.
E fomos à ação, encontramos lixo domésticos, mato entrando das salas, ave morta dentro da sala de necropsia e uma equipe que trabalha com ferramentas totalmente inadequadas, em um certo momento me deparei com dois médicos serrando a cabeça de uma senhora com um serrote enferrujado, onde dava para perceber a dificuldade dele no momento da ação. O administrador disse para nós não entrarmos com as máquinas, pois era proibido algum tipo de imagem ser arquiva naquele setor, mas, estavamos acompanhando o trabalho dos técnicos da AGEVISA e eu fiz um acordo com ele de não filmar a situação que os médicos estavam fazendo no momento, o próprio aceito.
Em seguida fomos para área externa do IML e nos deparamos com ossos por toda parte, mato e o lixo já estava transbordando a lixeira contêiner, mas eu e o fotografo até então estava achando tudo muito normal quando derrepente sentir um cheiro de podridão insuportavél, foi quando o fotografo investigando o local me chamou e disse: "- Olha isso aqui! Estava ali a nossa peça fundamental para a matéria, dois corpos no canto detrás do pátio que fica atrás do IML, e um grande detalha eles estavam em estado de putrefação. O louco do fotografo na hora levantou a tampa da chamada gaveta e falou: "- grava". Pessoal o lance é porrada, é pancada você tem que ter sangue frio e um estômago de leão, pois, quando vc é repórter Multiuso você deve ser louco pela profissão, tem que gostar, tem que viver jornalismo, aprender jornalismo.
Enfim, fizemos um furo de matéria e eu estava presente registrando um fato histórico da capital do Estado de Rondônia.
Confira as fotos e o vídeo, pois, estar bem informado é o nosso papel.